Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus
-Ef 2:8
“É melhor cair em graça, que ser engraçado” – diz a sabedoria popular. Ou seja, nos deixarmos simplesmente cair na graça (ser sinceros, nos mostrar tal qual somos), ao invés de nos esforçar por a alcançar (pretender impressionar a Deus ou aos homens). Sendo a graça oferecida, insulta a Deus quem quiser pagar o seu custo. Se pudesse ser paga com obra nossa, a de Jesus seria desnecessária. É isto que ensinam aqueles que pregam a lei e as obras como modo de obter a salvação. Quem acreditar que precisará cumprir a lei e fazer as boas obras para alcançar graça, estará dizendo a Deus que tem algo melhor que o sacrifício de Seu filho na cruz; que a Sua vinda e todo o seu sofrimento, foi um ato mal calculado do Criador. Estará colocando a confiança em si mesmo, não no Salvador.
Mas então a lei e as obras não contam?
Está escrito que não se pode servir a dois senhores: há que amar um e aborrecer o outro, desprezar um e amar o outro. Ou seja, servir a Deus ou a Mamon (Mt6:24). Ora não faria sentido Deus dizer-nos para odiar e desprezar o dinheiro, e em seguida vir falar de dízimos e ofertas; quereria Deus para Si, o que nos diz para desprezarmos…?
– De certeza que não; a questão está, a qual dos dois damos o primeiro lugar. Ou seja, dando dízimo e oferta, estamos amando e servindo a Deus; se não, lhe estaremos desobedecendo, colocando o dinheiro à frente da vontade de Deus. Não temos que abominar o dinheiro, mas colocar Deus em primeiro lugar. Portanto a questão não está realmente em desprezar o dinheiro, a lei, ou as obras; mas em crer no que o Senhor diz (“não chames impuro ao que Deus purificou” – At11:9).
Há que perceber: A salvação se alcança por graça, através da fé em Cristo; mas a recompensa que cada um receberá para a eternidade, é acumulada agora no céu, pelas boas obras realizadas nesta vida, obedecendo a Cristo.
O sábio demonstra a sua sabedoria pelo que diz e faz, no modo como vive. As obras são a manifestação visível do que realmente cremos e somos!
A fé vem do espírito, as obras do corpo. Tal como a vida que está no sangue nutre e faz mover o corpo, se a fé estiver presente no espírito, se manifestará em boas obras.
É a conjugação do espírito com o corpo, o que permite a nossa presente existência; a fé e as obras são como corpo e espírito: separados, fica um cadáver… A fé somada a obras, é igual a vida; somada a zero, é igual a morte (Fé + obras = Um corpo vivo; Fé + zero = Um cadáver).
São as nossas obras de fé, que provam sermos justos. O aperfeiçoamento do cristão estará completo, quando o corpo fizer o que o espírito crê. Se alguém diz que não tem obras, mas tem fé, que prove; pois a fé sempre foi comprovada com obras – foi por elas que os antigos deixaram testemunho.
As obras são o corpo da fé. São a materialização, a corporização, a substancia, a forma visível da fé; a prova de que existe, está viva!
Fé, é viver como Cristo viveu: pela Palavra de Deus!